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domingo, 2 de janeiro de 2011

Como utilizar o openDNS

Introdução

OpenDNS é um serviço de DNS público, um dos mais conhecidos, que oferece um ótimo desempenho, e é aberto a todos - daí o "Open" no nome. Mas o que diferencia o OpenDNS de outros serviços, como o Google Public DNS, são os outros serviços oferecidos, como: bloqueio de domínios, diversas categorias de domínios bloqueados (como os de conteúdo adulto), estatísticas, detecção de phishing, corretor de erros de digitação, dentre outros. Exploraremos os serviços, e veremos como configurar a atualização de IP no seu computador, seja ele com WindowsMac OS X ou Linux.

Com frequência, ouvimos dizer que o sistema de DNS é a maior base de dados do mundo. Sob certos aspectos, realmente é, mas existe uma diferença fundamental entre o DNS e um sistema de banco de dados tradicional (como um servidor MySQL usado por um servidor Web, por exemplo), que é o fato do DNS ser uma base de dados distribuída.
No topo da cadeia, temos os root servers, 14 servidores espalhados pelo mundo que têm como função responder a todas as requisições de resolução de domínio. Eles são seguidos por diversas camadas de servidores, que culminam nos servidores diretamente responsáveis por cada domínio. Quando você digita "www.guiadohardware.net" ou "www.gdhn.com.br" no navegador, sua requisição percorre um longo caminho, começando com o servidor DNS do provedor, passando por um dos root servers e alguns outros servidores pelo caminho e terminando no servidor DNS responsável pelo site.
A solução que pretendo apresentar aqui e que promete (fato comprovado por mim mesmo, usuário do sistema há quase um ano) acabar com muitos dos problemas acima mencionados e aumentar a velocidade da navegação, é o OpenDNS, serviço de DNS "Aberto" oferecido gratuitamente pela OpenDNS, LLC, empresa sediada em San Francisco, CA - USA.
Trata-se, nada mais nada menos, de uma alternativa aberta e gratuita aos diversos servidores DNS falhos e lentos oferecidos pelos tais provedores que nos são enfiados goela abaixo quando assinamos um plano qualquer de acesso à internet (apesar da ainda provisória "liminar" desobrigando a assinatura dos provedores quando assinamos um plano de acesso à internet).
Com o OpenDNS, você simplesmente conta com uma alternativa rápida, segura, redundante e gratuita de servidores DNS. O serviço possui um cache enorme, opera sua própria rede de servidores e software, e se torna mais rápido à medida que mais usuários utilizam a ferramenta, pois mais endereços são adicionados à lista, e assim, gradativamente, sua performance vai sendo incrementada.
Aliado a isto, uma das vantagens do OpenDNS é sua redundância. O serviço possui uma ampla rede de datacenters e servidores espalhados por diversos locais nos Estados Unidos e Europa, o que significa que a disponibilidade dos serviços também é altamente levada em conta. Se um dos datacenters cair, por exemplo, todo o tráfego é redirecionado automaticamente, utilizando tecnologia de ponta, para o datacenter mais próximo.
Como dito inicialmente, o OpenDNS não inclui apenas o serviço público de servidores DNS, mas também uma série de outros muito úteis, que incluem os principais (adaptação, créditos a Marcos A. T. Silva):
  • Phishing Protection (proteção contra sites fraudulentos/falsos): qualquer tentativa de acesso a sites que sejam identificados como tais, é automaticamente bloqueada, e uma mensagem de alerta é exibida. E para isto, o OpenDNS utiliza o PhishTank, uma das maiores e mais utilizadas bases de dados sobre phishing do mundo.
  • Domain Blocking (bloqueio de domínios): através do painel de controle, você pode simplesmente bloquear o acesso a qualquer domínio que desejar. Muito útil a administradores de rede que querem bloquear o acesso a sites fraudulentos, com conteúdo inadequado, etc. A ferramenta inclusive apresenta um formulário de contato no momento do bloqueio, para que o usuário entre em contato, se desejar, com o administrador da rede.
  • Parental Controls (controle dos pais): ferramenta similar ao Domain Blocking, mas muito mais poderosa quando a necessidade é bloquear o acesso a sites com conteúdo impróprio, como sexo ou violência, por exemplo, pois conta com uma lista pré-definida de mais de quatro milhões de sites bloqueados. Todos estes sites estão dispostos em 50 categorias de filtragem; basta selecionar as categorias desejadas, ou um nível de filtragem pré-definido, e dentro de minutos as alterações já se aplicam.
  • OpenDNS Guide (um guia, que inclui um corretor para erros ao digitar o endereço de um site): ferramenta muito útil para corrigir erros comuns quando se digita o endereço de um site. Totalmente configurável pelo usuário, você pode configurar, por exemplo, para que quando for digitado por engano "www.google.cmo", o usuário seja automaticamente levado ao endereço correto, "www.google.com". Quando não há o redirecionamento, o usuário cai no "OpenDNs Guide", uma página de buscas, que inclui sugestões do tipo "Você quis dizer..."
  • Shortcuts (atalhos): você pode definir atalhos para serem utilizados durante a navegação. Por exemplo, você pode configurar para que ao digitar "g", ou "go", por exemplo, na barra de endereços do navegador, você seja automaticamente levado ao site do Google.
  • Statistics (estatísticas): o sistema oferece um completo painel com estatísticas, como por exemplo "total de solicitações", "domínios mais visitados", "total de tentativas de acesso a domínios bloqueados", etc, sempre contendo informações completas, como data, hora, IP origem e destino, etc.
  • Customization (personalização das páginas de erro): Quando você ou algum usuário em sua rede tentar acessar um site inexistente, ou que por qualquer motivo esteja indisponível naquele momento, é apresentada uma página do próprio serviço no momento, a qual permite que seja consultado o motivo da falha, quais servidores falharam, etc. Além disso, essa página pode ser customizada pelo usuário, e no caso de empresas, por exemplo, é possível inserir-se o logotipo da mesma, slogan, etc.
Vamos aqui neste tutorial explorar esses maravilhosos recursos, que podem servir perfeitamente em pequenas empresas e redes domiciliares. Por exemplo, se na sua casa você tem três computadores em rede, e um inclusive é para seu filho, e você não quer ficar perdendo a cabeça configurando soluções complexas e miraculosas de proteção, inclusive para bloqueio de acesso de sites adultos, e de quebra ainda ter um serviço de DNS ultra-veloz, o OpenDNS é a solução perfeita.
Veremos então neste tutorial os seguintes tópicos:
  • Introdução
  • Configurando o uso dos servidores no seu computador: Windows
    • Mac
    • Linux
  • Explorando os recursos do OpenDNS
    • Criando uma conta no OpenDNS
    • Configurando a atualização automática do IP
      • Windows e Mac: cliente próprio do OpenDNS
      • Linux: DDClient
    • Bloqueando domínios
    • Personalização e outros serviços
    • Estatísticas, atalhos e conclusão

    Configurando o uso dos servidores no seu computador: Windows

    Para usufruir todos os benefícios do OpenDNS, é necessário que você configure seu computador, para que ele resolva a o IP de cada página da Web a partir de servidores do OpenDNS: ou seja, cada vez que você digitar uma página da Web, este endereço, que normalmente vai para os [lentos] servidores de seu provedor, começará a passar pelos servidores do OpenDNS, e somente depois tais responderão a você com o número IP do respectivo servidor da página Web digitada, ou outro comportamento será dado - como uma página de que o site não está carregando, que não existe, que está bloqueado, ou que possivelmente é um ataque de phishing. Não se preocupe, embora deixe de usar os servidores DNS de seu provedor, este procedimento é perfeitamente legal.
    Vamos configurar seu sistema então. No Windows, configurar o sistema para o uso do OpenDNS é um procedimento rápido e simples de ser feito. Basta acessar o menu iniciar, depois "Painel de Controle":

    chrome-linux11
    Se o seu painel de controle estiver no modo de visão padrão da instalação do Windows, vá em "Conexões de rede e de Internet":
    chrome-linux12
    A seguir, ou se você estiver usando o modo de exibição clássica do Painel de Controle, clique no ícone "Conexões de rede":
    chrome-linux13
    Verifique qual conexão sua está ativa. Clique nela com o botão direito, e vá em "Propriedades":
    chrome-linux14
    Surgirá a tela a seguir. E então, selecione o item "Protocolo TCP/IP", na tela cima o último da lista, e a seguir clique no botão "Propriedades":
    chrome-linux16
    Aparecerá a seguinte tela:
    chrome-linux18
    Logo no final dela, selecione o item "Usar os seguintes endereços de servidor DNS:", e digite, em "Servidor DNS preferencial", o seguinte:
    208.67.222.222

    E, em "Servidor DNS alternativo":
    208.67.220.220

    Como na figura a seguir:
    chrome-linux19
    Dê OK na tela, e prontinho. No Windows Vista e 7, a coisa muda um pouco de cenário, mas nada muito dramático. Obrigado ao Marcos Elias Picão por gentilmente ceder as telas tiradas em seu Windows 7, que explico a seguir.
    Da mesma forma que no Windows XP, vá até o menu Iniciar, e clique em "Painel de Controle":
    img0
    No Painel de Controle, em "Rede e Internet", clique em "Exibir o status e as tarefas da rede":
    img1
    No lado esquerdo da tela, clique em "Alterar as configurações do adaptador":
    img2
    Verifique qual conexão está ativa. Clique no botão direito dela, e vá em "Propriedades":
    img3
    Aparecerá a tela abaixo. Selecione "Protocolo TCP/IP Versão 4 (TCP/IPv4)", e clique no botão "Propriedades":
    img4
    Logo no final dela, selecione o item "Usar os seguintes endereços de servidor DNS:", e digite, em "Servidor DNS preferencial", o seguinte:
    208.67.222.222

    E, em "Servidor DNS alternativo":
    208.67.220.220

    Como na figura a seguir:
    img5
    Dê OK na tela, e prontinho. Você também pode acessar a tela acima, no Painel de Controle, clicando no link desejado da seção "Exibir redes ativas", na coluna direita:
    maisuma7
    Será apresentada a tela abaixo. Clique em "Propriedades", e você chegará a um dos passos já tratados.
    maisuma7-2
  • Configurando o uso dos servidores no seu computador: Mac OS X

    Vamos apresentar a configuração no Mac OS X Leopard. Os créditos das imagens abaixo vão para a própria OpenDNS.
    Clique no logotipo da Apple, a "maçã", no seu canto superior esquerdo, e clique em "Preferências do sistema" (System preferences):
    start_leopard_1
    Na tela das preferências do sistema, na seção "Internet & Rede" (Internet & Network), clique em "Rede" (Network):
    start_leopard_2
    Na próxima tela, selecione a rede ativa, no caso, a Ethernet (Built-in Ethernet), e depois clique no botão "Avançado" (Advanced):
    start_leopard_3
    Clique na aba "DNS", e adicione os seguintes IPs:
    208.67.222.222
    208.67.220.220

    Como na figura a seguir:
    start_leopard_4

    Configurando o uso dos servidores no seu computador: Linux

    Linux possui vários utilitários gráficos para a configuração de rede, incluindo de servidores DNS, e dentre estes incluem o elaborado Network Manager, presente na distribuição Ubuntu. Mas como não confio muito na eficiência de certos utilitários gráficos, e devido ao grande remelexo de diferentes de utilitários, para diferentes distribuições e seus respectivos ambientes gráficos, vou escrever aqui um meio único para praticamente todas as distribuições: o velho terminal e a edição de arquivos.
    Vamos lá. Use aqui o editor de sua preferência; se você não sabe qual é, aqui vai uma dica: no Gnome, o padrão é o gedit; no KDE, o kedit; já no XFCE, o mousepad. Abra seu terminal favorito, e vamos abrir o arquivo "/etc/resolv.conf":
    $ sudo kedit /etc/resolv.conf

    Apague tudo o que está neste arquivo, e coloque as seguintes linhas:
    nameserver 208.67.222.222
    nameserver 208.67.220.220

    Isso fará com que o seu sistema operacional passe a usar os servidores do OpenDNS, ao invés de seu provedor.
    Entretanto, isso não basta. Hoje, a grande maioria das distribuições usa o DHCP para a configuração da rede. Em suma, cada vez que o DHCP funcionar, vai deixar o resolv.conf igual era originalmente.
    Para você não ter que ficar modificando o arquivo toda vez que ligar o computador ou reiniciar a rede, vamos abrir o arquivo de configuração do DHCP, o "/etc/dhcp3/dhclient.conf", em:
    $ sudo kedit /etc/dhcp3/dhclient.conf

    E, no início do arquivo, abaixo das linhas comentadas (com # na frente), adicione a seguinte linha:
    prepend domain-name-servers 208.67.222.222,208.67.220.220;

    Salve o arquivo, e saia. Agora, reinicie sua rede com um:
    $ sudo ifconfig eth0 down ; sudo ifconfig eth0 up

    Pronto. Não precisa fazer mais nada, seu computador já está utilizando o OpenDNS, e nenhuma configuração adicional para este fim será requerida.

    Criando uma conta no OpenDNS

    Com a configuração feita anteriormente, seu computador passará a utilizar o OpenDNS como serviço de resolução de DNS. Entretanto, como dito na introdução do tutorial, ainda resta muito a explorar dos serviços oferecidos, como a filtragem e o bloqueio de domínios. Mas, para isso, temos que ainda executar alguns passos, e o primeiro deles é a criação de uma conta gratuita no site da OpenDNS. Para isso, acesse o site:
    01
    E clique no link "Create account", no canto superior direito. Depois disto, basta preencher os dados e avançar:
    02
    Na próxima tela, clique em "Computer":
    03
    Ignore as instruções dadas pelo site, e avance novamente. A seguinte tela lhe será mostrada, no final:
    04
    Clique em "Open DNS Dashboard" para acessar o painel de configurações.
    Dependendo da situação, você já tem uma conta e quer apenas fazer o login. Para isso, vá em "Sign in" na tela inicial do site, e insira seus dados na próxima tela:
    05
    A tela inicial do painel de configurações será carregada:
    06
    A seguir, clique na aba "Settings", para criarmos as configurações iniciais de sua rede:
    10
    Veja que, no meu caso, a rede "Casa" já está criada; mas na sua conta certamente não há nenhuma rede adicionada. Vamos adicionar: digite seu IP (disponível no canto superior direito da tela, ou deixe o preenchimento automático) no campo "Add a netword", e se você preencheu todos os dados da conta, poderá escolher a faixa de IPs da rede. No meu caso, selecione o padrão se você tem um IP somente, o /32:
    07
    Clicando no botão "Add this network", aparecerá a seguinte tela:
    08
    Insira um nome para a rede, e se seu IP for dinâmico (Speedy, NET, e grande maioria dos serviços de Internet a cabo e DSL no Brasil), assinale a opção"Yes, its dynamic". Clique em "Done", e feito:
    09
    Não esqueça de verificar seu email e confirmar a adição da rede. Se seu IP for dinâmico, vá para a próxima página do tutorial. Senão, pule duas páginas.

    Configurando a atualização automática do IP: Windows e Mac

    Como dito na página anterior, a grande maioria dos serviços de Internet no Brasil, como o Speedy e a NET, fornecem IP dinâmico, ou seja, seu número IP, aquele que é seu "RG" na Internet, muda a cada vez que você se conecta (com um intervalo de mais de 2 minutos entre a desconexão e a nova conexão). Isso significa que o OpenDNS fica 'perdido': para associar sua conta e suas configurações (como bloqueio e filtragem de domínios) à sua rede, o OpenDNS precisa saber do seu IP constantemente. Uma forma de se fazer isso é entrar na página do OpenDNS, e na aba "Settings" do painel, clicar no ícone "Atualizar" toda vez que você se conectar à Internet:

    ex
    Mas como isso é um verdadeiro incômodo, vamos aprender a configurar isso automaticamente.

    Windows e Mac


    Para o Windows e o Mac OS X, há um cliente desenvolvido pela própria OpenDNS, que trabalha "escondidinho" em seu computador, atualizando o seu número IP junto ao serviço. Para baixar, vá até a página:
    E baixe o cliente correspondente ao seu sistema operacional. E ah, não se esqueça de instalar; o procedimento é simples, pois a instalação é do tipo "genérica" (no Windows: Avançar, Avançar, Avançar, Concluído).
    Como o a configuração dos clientes para Mac e Windows são similares, e não encontrei documentação sobre o primeiro, e nem tenho um Mac aqui em casa, vou ilustrar aqui apenas a configuração do cliente no Windows. Mas usuários de Mac: relaxem, é similar e bem simples as instruções.
    Vamos lá: na primeira vez que o cliente é executado, é mostrado uma tela pedindo para inserir o usuário e a senha da conta criada. Insira e prossiga, clicando no botão "Sign In":
    20
    Na próxima tela, são exibidas um resumo das informações:
    21
    Se quiser forçar uma atualização do número IP para a OpenDNS, clique em "Update now". Caso queira efetuar alguma configuração extra, clique em"Settings":
    22
    Nesta janela, a primeira opção, "Send Dns-O-Matic updates" serve para atualizar o seu número IP junto ao serviço Dns-O-Matic, um braço da OpenDNS que atualiza numa tacada só vários serviços, como o No-IP e o DynDNS; "Run Hidden" permite ao aplicativo ser executado de forma oculta, inclusive sem ícone na bandeja; "Don't notify me about errors" não deixa o programa te perturbar caso algum erro ocorra; e "Disable sending IP updatres" desabilita o envio automático do número IP. Basta selecionar o que quiser e dar "OK".
    Note que, na configuração padrão, o cliente possui um ícone na bandeja do sistema, com um menu acessível através do botão direito do mouse:
    23
    Todas as outras opções você já conhece, exceto "IP updates history", que lhe mostra o histórico dos IPs registrados:
    24

    Configurando a atualização automática do IP: Linux

    Se você possui Linux, não há nenhum programa prontinho da OpenDNS, vamos fazer uma configuração "na raça". Para isso, vamos usar o DDClient, um programinha disponível na grande maioria das distribuições Linux, que faz o serviço sujo de atualizar o endereço IP junto ao serviço. Mas antes, vamos instalar alguns programinhas que encriptam a senha ao enviar. Abre o terminal de sua preferência, e faça o login como superusuário:
    $ su
    [senha]

    E rode, no Debian, Ubuntu e derivados:
    # apt-get install ssh libio-socket-ssl-perl

    No Fedora:
    # yum install openssh perl-io-socket-ssl

    No Mandriva:
    # urpmi sshd perl-io-socket-ssl

    Agora vamos fazer a instalação do DDClient, no Debian, Ubuntu e derivados:
    # apt-get install ddclient

    No Fedora:
    # yum install ddclient

    No Mandriva:
    # urpmi ddclient

    A instalação vai lhe fazer alguns questionamentos, conforme a seguir. Coloco somente uma sequência de telas, porque todas estas configurações nós vamos refazer daqui a pouco.
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    Terminada a instalação, vamos partir para a configuração. Saia do modo root, dando um comando "exit", sem aspas. A partir daqui, use o editor de sua preferência; se você não sabe qual é, aqui vai uma dica: no Gnome, o padrão é o gedit; no KDE, o kedit; já no XFCE, o mousepad. Vamos abrir agora o arquivo de configuração do DDClient, rodando no terminal:
    $ sudo kedit /etc/ddclient.conf

    Apague todo o conteúdo do arquivo, e copie e cole o conteúdo a seguir. Não se esqueça de colocar o usuário e a senha da sua conta no OpenDNS:
    ##
    ## OpenDNS.com account-configuration
    ##

    daemon=300
    syslog=yes
    mail=root
    mail-failure=root
    pid=/var/run/ddclient.pid
    ssl=yes
    use=web, web=myip.dnsomatic.com
    protocol=dyndns2
    server=updates.opendns.com
    login=USUÁRIO
    password=SENHA
    NOME DA REDE CADASTRADA
    Salve o arquivo, e saia do editor. Veja que, enquanto na maioria dos tutoriais por aí é usado o "whatsmyip.org", aqui uso o serviço de checagem de número IP público do dynDNS. De uns tempos para cá, o Whatsmyip.org está muito instável, e alterou a página que antigamente era exibida. Será muito mais garantido e prático usar o serviço de checagem do dynDNS neste caso. Esta linha faz o mesmo que entrar no site http://checkip.dyndns.com/ e ir "aparando", só deixando seu número IP.
    Veja também que a linha daemon=300 permite com que o DDClient atualize seu IP no OpenDNS a cada 300 segundos, ou 5 minutos, automaticamente, e a linha ssl=yes permite o envio da senha criptografada, já que sem isto a sua senha é enviada como texto, podendo ser facilmente exposta aos hackers.
    Para ter certeza que o DDClient está rodando como daemon, abra o arquivo /etc/default/ddclient, com um:
    $ sudo kedit /etc/default/ddclient

    Verifique se as linhas run_daemon e daemon_interval estão desta maneira:
    # /etc/default/ddclient

    # Set to "true" if ddclient should be run every time a new ppp connection is
    # established. This might be useful, if you are using dial-on-demand
    run_ipup="false"

    # Set to "true" if ddclient should run in daemon mode
    run_daemon="true"

    # Set the time interval between the updates of the dynamic DNS name in seconds.
    # This option only takes effect if the ddclient runs in daemon mode.
    daemon_interval="300"

    Você poderá deixar o run_ipup com o valor "true", se caso tenha uma conexão PPP e queira deixar programado para, cada vez que a conexão for iniciada, o DDClient já ser acionado. Salve o arquivo e feche o editor.
    Por último, rode:
    $ sudo /etc/init.d/ddclient restart

    Isso permitirá ao DDClient já entrar na ativa. Ele será inicializado automaticamente a cada boot do sistema, e atualizará seu número IP para o OpenDNS a cada 5 minutos. Com esse ponto você não precisa mais se preocupar.

    Bloqueando domínios

    A partir de agora, toda a configuração que você fizer no painel de controle do OpenDNS, via web, será aplicado à sua rede ou computador. Voltemos então "Dashboard" do OpenDNS. Vá até a aba "Settings", e clique no número IP da sua rede, para podermos efetuar as alterações nas configurações. Ao clicar no número IP, a seguinte tela, "Content Filtering", lhe será apresentada:
    01
    Veja que esta primeira tela é uma das mais importantes do OpenDNS. É onde podemos bloquear os domínios e habilitar as "blacklists", as "listas negras" de sites e domínios bloqueados, tudo separado por categoria. Aqui em casa optei pela "Moderate", que bloqueia tudo o que é impróprio, como propagandas, pornografia, discriminação, etc., mas deixa ainda em aberto as redes sociais, sites de vídeo e outros:
    02
    Ao clicar em "View", você vê as categorias que são bloqueadas por aquele nível de filtragem. Já em "Custom", você personaliza as categorias bloqueadas, baseando-se naquela selecionada:
    03
    Veja que as categorias são muitas; basta selecionar e clicar em "Apply" que em 3 minutos já surtirá efeito a seleção. Assim, você bloqueia um grupo de sites pré-selecionado pela OpenDNS, mas alguns outros sites mais particulares obviamente não são bloqueados, especialmente os regionalizados (brasileiros). Para isso, role a página mais abaixo, e veja a outra ferramenta:
    04
    Para bloquear um domínio, selecione "Always block", digite o domínio e clique em "Add Domain". Caso queira adicionar uma exceção à regra, um site que nunca seja bloqueado, selecione "Never block", digite o domínio e clique em "Add Domain", como fiz no exemplo acima. Em 3 minutos já terão efeito as configurações.
    Se alguém na sua rede ou computador tentar acessar um site bloqueado, seja pela adição manual, seja pela filtragem da lista, será mostrado ao usuário uma tela similar à esta, "sem choro nem vela":
    05

    Personalização e outros serviços

    O OpenDNS inclui ainda outros diversos serviços interessantes, que veremos agora, incluindo os de personalização de páginas. Ainda na aba "Settings"do Dashboard, clique, na coluna lateral esquerda, em "Customization". Lhe aparecerá a tela:
    06
    Se você se lembra da introdução, quando um usuário digita alguma página incorreta, e esta não é redirecionada automaticamente ao endereço certo, o usuário cai no "OpenDNS Guide":
    ex
    Veja que a primeira opção permite a troca do logotipo mostrado nesta guia:
    07
    A imagem pode ser GIF, JPG, PNG ou BMP, e ter 125 x 70 pixels, sendo que as imagens são automaticamente convertidas para JPG, caso sejam carregadas em outros formatos.
    Mais abaixo, podemos personalizar a explicação desta página, em "Guide Page":
    08
    Rolando mais abaixo, outro item interessante: a personalização da página de bloqueio de sites e domínios, que vimos anteriormente:
    09
    Lembre-se de manter a tag [DOMAIN] Nos textos que são apresentados, pois são substituídos pelo domínio em questão. Onde está " - ", digite algum nome que deseja.
    Logo depois temos a página de bloqueio de Phishing, os sites fraudulentos, e o importante botão que aplica as configurações:
    10
    Finalizada esta parte, clique em "Stats and logs":
    11
    Veja que aqui é possível ativar os logs (registros e gráficos estatísticos) e excluir todos os dados gravados. Primeiro, para ativar as estatísticas, ative a opção "Enable stats and logs", e clique em "Apply".
    Para excluir todos os dados seus gravados pela OpenDNS, inclusive os registros de número IP, clique em "Purge my data". Todas as estatísticas também serão perdidas.
    12
    Vamos para o próximo e último item da coluna, o "Advanced Settings":
    13
    A primeira parte da página é sobre o SmartCache, uma tecnologia proprietária da OpenDNS que permite o redirecionamento para o último IP funcional de uma página da Web, quando esta fica indisponível. Recomendo deixar ativo (padrão).
    A segunda, como já configuramos quando adicionamos nossa rede, permite a atualização dos números IPs dinâmicos:
    14
    Logo abaixo, temos o "Domain Typos". Nesta seção, o "Enable typo correction" permite o redirecionamento automático de sites que foram digitados errado. Por exemplo, se digito google.cmo, o OpenDNS automaticamente redirecionará para google.com. Já a segunda opção permite o redirecionamento automático de domínios .cm para .com, exceto quando o site for registrado propositalmente com o domínio .cm.
    O segundo item "Suspicious Respondes", permite o bloqueio de determinadas respostas DNS contendo os endereços IP listados no RFC1918, prevenindo ataques do tipo "DNS Rebinding".
    15
    Os dois últimos itens da página inclui o "Network Shortcuts", permite a configuração de atalhos para alguns sites, como ao digitar "goo" na barra de endereços, ser redirecionado para o google.com. O segundo subitem permite a criação de um proxy simples do OpenDNS, tendo assim maior garantia de que os atalhos funcionarão; mas em compensação, um pouco de sua privacidade é perdida.
    Abaixo temos o "Malware/Botnet Protection", que bloqueia alguns vírus e exploits, como o Conficker, através do bloqueio de sites infectantes. Por último, temos o botão "Apply" (ou "cancel") desta página:
    16

    Estatísticas, atalhos e conclusão

    Logo ao lado da aba "Settings", temos o "Stats". A partir daqui, você poderá acessar vários tipos de estatísticas relativas ao uso de usa Internet:
    17
    E, na aba ao lado, temos o "Shortcuts". Como comentado na página anterior, depois de ativado nas configurações, permite a configuração de atalhos para alguns sites, como ao digitar "goo" na barra de endereços, ser redirecionado para o google.com. Você pode configurar à sua maneira; basta digitar o atalho desejado, o domínio e clicar em "Create Shortcut":
    img-17822249
    Não se esqueça que todas as alterações feitas no OpenDNS levam aproximadamente 3 minutos para terem o efeito aplicado.

    Conclusão


    OpenDNS é o serviço de DNS alternativo mais popular atualmente, oferecendo uma resolução de endereços DNS rápida e confiável, deixando a navegação de muitas pessoas, incluindo os brasileiros com seus provedores, uma navegação mais rápida e menos suscetível a erros de servidores.
    Entretanto, pouca gente conhece os outros serviços complementares da OpenDNS, e menos gente ainda realmente usa tais ferramentas. E dentre elas, destaca-se a filtragem de domínios: um cidadão que tem uma rede em casa ou no escritório, ou possui vários familiares utilizando seu PC, e quer bloquear sites pornográficos ou de violência explícita, por exemplo, ao invés de passar horas frente ao PC, configurando regras e blacklists, passa alguns minutos apenas para configurar o OpenDNS, tendo de quebra outros vários recursos à sua mão. Isso sem bastar a amigável e prática interface de configuração via Web.
    Agora você me pergunta: e o Google Public DNS? Pois bem, este só oferece a resolução dos nomes, não possuindo todas essas diversas vantagens e ferramentas disponíveis através do OpenDNS, além do segundo ser um serviço que amadureceu muito com o tempo. Isso pelo menos por enquanto. E mesmo se o Google oferecesse, não sei se iria querer: além de busca, e-mail, navegador, documentos, mensagens instantâneas, etc, estaria entregando ao Google informações sobre tudo, absolutamente tudo que acesso, e nas mãos de uma empresa só. Mas isso é assunto para outro artigo :-)
    Vale lembrar que estes são os serviços gratuitos, oferecidos pela OpenDNS a usuários domésticos (em teoria). A empresa possui uma gama muito maior de recursos para fins corporativos e em escala maior.
    E se caso queira configurar o OpenDNS diretamente em seu roteador, ou quer tirar dúvidas, pesquise por seu modelo em (inglês, e é necessário estar logado):
    Para verificar o status dos servidores da OpenDNS, acesse:
    Bom, espero que este tutorial lhe tenha sido útil. Boa diversão!

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